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Assim como devemos cuidar da saúde do nosso corpo, dar atenção à saúde financeira é uma parte importante da nossa vida. Afinal de contas, se o bolso não vai bem, o corpo e a mente podem ser bastante prejudicados.

Independentemente do estágio da vida, estabelecer certos hábitos financeiros te dão um condicionamento melhor para atingir seus objetivos. Para desfrutar de desejos como boas férias, ter fundos para os estudos, uma reserva financeira ou conquistar uma aposentadoria confortável é preciso manter a saúde financeira em dia e fazer check-ups de revisão periódicas.

E diante da pandemia do coronavírus, percebemos na pele que os imprevistos acontecem e precisamos estar preparados para lidar com eles.

Abaixo separamos algumas atitudes que podem ser bastante úteis para que você siga saudável, de corpo, mente e bolso!

Pratique o autocuidado financeiro

O autocuidado financeiro é uma das principais etapas para quem deseja ter saúde financeira. Ele significa desenvolver hábitos que te preparem para alcançar seus objetivos.

Reservar dinheiro para suas economias todos os meses, automatizar esses investimentos, criar um orçamento e seguir um plano de gestão de eventuais dívidas Todas essas ações são maneiras de praticar o autocuidado financeiro.

Estamos acostumados a cuidar dos outros — filhos, pais, animais de estimação, casa, carro, gramado. O autocuidado é qualquer atividade feita deliberadamente para cuidar de você. Da sua saúde mental, emocional, física e financeira.

Até porque, só conseguimos cuidar e ajudar o outro se estivermos bem também. Esse é o desafio. Priorizar coisas que beneficiem seu bem-estar pessoal. E o investimento em saúde também impacta no bolso.

Portanto, manter um sono de qualidade, com alimentação que priorize comida de verdade em vez de industrializados e embutidos, praticar exercícios regulares ​e fazer check ups médicos de rotina são aspectos importantes do autocuidado. 

Acredite ou não, saúde e dinheiro estão muito mais relacionados do que as pessoas imaginam. Encontrar maneiras de incorporar o autocuidado financeiro em sua rotina diária pode ter um efeito profundo em seu bem-estar, na sua saúde, na felicidade geral e no seu dinheiro.

Diferencie entre necessidades e desejos

Para manter a saúde financeira em dia, é importante entender a diferença entre necessidades e desejos. Isso te permite fazer melhores escolhas financeiras.

Nós tentamos ensinar isso o tempo todo aos nossos filhos, quando eles pedem para comprar tudo que veem na televisão. Mas será que eles estão apenas reproduzindo nosso próprio comportamento? Como ensinar que não se pode ter tudo ao mesmo tempo se nós quisermos tudo ao mesmo tempo também?

A verdade é que existe uma linha tênue entre necessidades e desejos. E nem tudo que nós queremos é possível sempre. Quando se entende a diferença, conseguimos melhorar nossas decisões.

Necessidade é tudo o que você precisa para viver com uma certa qualidade: comida, casa, saúde, uma quantidade razoável de roupas, entre outros. Por outro lado, desejos são coisas que você gostaria de ter, mas podem ser ou não conquistadas. 

Necessidades

As necessidades devem ser prioridade na tomada de decisão do dia a dia. Somente depois que elas forem atendidas, você deve usar o dinheiro para o que quer como desejo. 

Isso não significa se privar de todos os prazeres. Porque o ser humano precisa ter prazer para viver. Mas se o prazer imediato dominar suas escolhas, no futuro suas necessidades básicas serão comprometidas.

Precisamos praticar o que queremos ensinar aos nossos filhos. As obrigações vêm sempre na frente do prazer. E o equilíbrio está em administrar os dois de forma coerente com nossas necessidades e desejos.

Faça um planejamento financeiro

Cuidar da saúde financeira sem um planejamento torna o processo mais desafiador. Sem saber onde está, nem aonde quer chegar, as demandas dos outros podem te atropelar. O planejamento permite que você se organize melhor, em vez de ficar apenas apagando incêndio, lutando para administrar suas finanças.

O plano não é imutável e estático. Pelo contrário. Ele serve para te dar liberdade para fazer escolhas melhores para te conduzir pelos caminhos necessários até chegar nos seus objetivos. E é a sua melhor ferramenta para investir com estratégia e mudar o seu futuro financeiro.

Um bom planejamento é aquele que você faz e acompanha. De um jeito simples e que combine com seu estilo de organização. Ele te mostra o destino, te aponta caminhos, e te dá instrumentos de navegação para corrigir a rota sempre que precisar.

Faça um orçamento-base ideal e reflita. Quanto você considera razoável dedicar para cada item? É claro que as emoções sempre nos acompanham. Mas é importante buscar a razão para analisar de forma crítica a coerência do seu orçamento. Será que tem algo que possa ser ajustado?

Saiba as datas de entrada de receita e de despesas que você tem. Defina um limite de gastos semanal para as despesas “invisíveis” do dia a dia. Se não tiver disciplina com gastos no cartão de crédito, prefira o dinheiro físico de papel. Observe seus comportamentos de consumo e avalie se está coerente com seu planejamento. 

Revise todos os meses. Esse é um processo que não acaba nunca. Se desviar os olhos do seu plano, pode se perder. Saiba também que o planejamento não te impede de errar o caminho. Porém, ele sempre te dará as coordenadas certas para se encontrar novamente.  

Ajuste seus gastos

Ter uma saúde financeira boa não significa cortar gastos. Tem a ver com ajustar seus gastos de forma coerente com a sua vida e seus objetivos. 

Em algumas situações pode ser necessário cortar despesas que não façam sentido com seu momento atual e seu padrão de vida real. Além disso, é necessário refletir antes de fazer novas despesas. E esse certamente é um dos maiores desafios para a manutenção da sua saúde financeira. 

A verdade é que a cada dia somos bombardeados de estímulos de consumo que disputam nossa atenção, provocam fortes emoções que interferem nas nossas decisões de consumo e no bolso. Essa é uma luta diária de resistência às tentações. Por isso é um desafio diário que exige muita convicção dos seus planos e objetivos de vida.

Embora você não seja capaz de reduzir certas despesas essenciais de uma vez, como aluguel ou financiamento do carro, é possível reduzir despesas relacionadas ao seu estilo de vida, como roupas ou entretenimento, sendo flexível e pensando com moderação e estratégia.

Você pode, por exemplo, reduzir o pacote de TV por assinatura, estabelecer limites para idas ao restaurante ou para pedir comida, ou mesmo cancelar aquele serviço de streaming que faz tempo que você não acessa. Reflita. 

Faça ajustes inteligentes e coerentes. Sair cortando todos os pequenos prazeres do dia a dia é uma furada. Qualquer dieta muito restritiva é insustentável ao longo do tempo. No entanto, é preciso adequar o consumo a um novo estilo de vida mais saudável. 

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Evite as dívidas

Um dos erros mais caros que você pode cometer com sua saúde financeira é contrair muitas dívidas, especialmente dívidas de cartão de crédito com juros altos. Se você quiser mudar seu quadro financeiro e obter mais oportunidades financeiras, quite sua dívida o mais rápido possível.

Comece listando todas as suas dívidas atuais, sejam de cartão de crédito, de empréstimos ou de financiamento. Se estiver endividado, é hora de acender a luz de emergência e reunir o máximo de esforços possível para sair deste ciclo o quanto antes.

Verifique as taxas de juros cobradas em cada uma e os prazos para quitá-las. Comece pelas mais rápidas de se livrar, ou pelas que possuem as taxas mais elevadas. Quanto mais rápido conseguir eliminá-las, mais cedo consegue reestabelecer seu equilíbrio financeiro.

Tente reduzir a taxa de juros tentando negociar com seus credores. Avalie uma portabilidade de financiamento em busca de taxas menores. Em seguida, estabeleça um plano de pagamento e adote hábitos sólidos de gastos para saldar a dívida o mais rápido possível.

Quando conseguir se livrar de uma dívida, utilize esse espaço no orçamento e continue “pagando” aquele mesmo valor aportando nos seus investimentos. Por exemplo, se estava no seu fluxo de caixa pagar R$ 500,00 por mês em um financiamento, quando quitá-lo, passe a investir esses R$ 500,00. 

Torne-se um Investidor

Poupar não é o mesmo que investir. Quando você poupa está apenas acumulando uma parte da sua receita. Ao investir, você potencializa ao longo do tempo o valor poupado. Mas não se iluda. Os investimentos sozinhos não vão te deixar rico e resolver toda sua vida. 

O que realmente fará a maior diferença no futuro é a constância e disciplina dos aportes mensais que você faz ao longo do tempo. Além do aumento do valor que investe todo mês, na medida em que sua renda também aumenta. 

O investimento sozinho não faz milagres. Você não vai colocar R$ 100,00 em um produto de investimento e isso vai se multiplicar feito gremlin quando caem na água. O foco é aumentar a renda e o investimento, sem aumentar os gastos na mesma proporção. Quanto mais margem para investir você tiver, maior a saúde financeira.

Começar a investir é relativamente simples. Mas é importante ter o mínimo de conhecimento sobre o investimento que escolher. Todos eles envolvem algum risco. Mais o maior risco de todos é não saber o que está fazendo. Por isso você deve investir um pouco em conhecimento e assumir riscos calculados.

Tripé

Todos os investimentos envolvem um tripé de variáveis que considera o risco, a liquidez e a rentabilidade. Você nunca encontrará um investimento com risco baixo, liquidez alta e rentabilidade elevada. Se um investimento possui uma possibilidade de rentabilidade maior, certamente o risco é mais elevado e a liquidez mais baixa. Esse é o conceito básico para avaliar qualquer alternativa.

Por isso, se está começando agora, fique na renda fixa e nos títulos do Tesouro Direto. São produtos de investimentos com risco baixo. No entanto, possuem uma rentabilidade menor mas uma liquidez maior. Para o longo prazo, a previdência privada pode ser uma boa alternativa. 

Na medida em que adquirir conhecimento e se sentir confortável, avance. Embora o investimento acarrete riscos, investir de forma consistente e distribuir seu dinheiro nas porcentagens apropriadas por diversas classes de ativos pode ajudá-lo a maximizar seus ganhos e reduzir perdas.

Planeje sua aposentadoria

A aposentadoria um dia chegará e você precisará de dinheiro para poder manter a saúde financeira no futuro. Portanto, o ideal era ter começado ontem. Mas se não deu, tudo bem. Comece a investir agora. De preferência de forma automática. 

Como falamos antes, a previdência privada é um dos melhores instrumentos para começar este projeto de longo prazo. A construção de uma reserva para aposentadoria financeira será feita ao longo de toda a sua vida profissional ativa. Isso vai permitir que um dia você tenha dinheiro suficiente para não depender mais da renda do seu trabalho para viver.   

Quanto você deve investir depende de quantos anos você tem ao começar, de quando pretende parar, da renda que gostaria de ter e do retorno financeiro que terá com seus investimentos.

De forma simplificada, para estimar sua meta de dinheiro investido para te gerar renda, considere que a renda que você deseja ter deve representar cerca de 0,30% e 0,25% de todo o seu patrimônio investido. 

Aprenda a calcular

Para deixar mais claro, se você deseja ter uma renda mensal em torno de R$ 3 mil, precisa acumular cerca de R$ 1 milhão. E, para chegar aos 65 anos com R$ 1 milhão, fizemos uma simulação de forma conservadora, moderada e sofisticada. Nestes casos, você precisaria investir, por exemplo:

Idade de inícioConservador (rentabilidade média de 6,5% a.a)Moderado(rentabilidade média de 7,5% a.a.)Sofisticado(rentabilidade média de 8,5% a.a.)
Começando aos 25 anos (480 meses)R$ 460,90R$ 354,66R$ 271,42
Começando aos 35 anos (360 meses)R$ 937,18R$ 779,49R$ 646,08
Começando aos 45 anos (240 meses)R$ 2.084,96R$ 1.861,21R$ 1.658,90
Começando aos 55 anos (120 meses)R$ 5.998,71R$ 5.697,21R$ 5.409,66

Portanto, o tempo pode contar a seu favor, ou contra você. As vantagens de começar cedo é que você tem mais tempo investindo e consegue aceitar mais riscos, já que o tempo ajuda a compensar oscilações do mercado financeiro. 

Quando você começa mais tarde, assumir mais riscos não é uma alternativa muito prudente e o tempo do investimento diminui. Isso torna o seu desafio maior.

Portanto, quanto mais cedo você começar a investir, melhor para sua aposentadoria e melhor também para sua saúde financeira. 

Leia também::: Qual o melhor investimento para planejar a aposentadoria?

Cuide da sua saúde financeira

Como você acompanhou, cuidar da saúde financeira é um estilo de vida que vai te acompanhar diariamente, pela vida inteira. Isso te permite viver de forma saudável, tanto no presente quanto no futuro. Sempre falamos da importância de cuidar bem do seu dinheiro, e negligenciar isso hoje poderá afetar sua saúde lá na frente.

Afinal de contas, a preocupação, a falta de dinheiro e as incertezas podem afetar também sua qualidade de vida e seu bem-estar. 

Uma das formas de evitar isso é com planejamento para te guiar, seguros para te proteger, investimentos para manter sua saúde financeira e um bom orçamento financeiro no dia a dia. E para que você saiba mais sobre esse tema também, confira o vídeo que gravamos para nosso canal no Youtube!


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