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Ingressar no mundo das finanças sem um bom planejamento financeiro, uma estratégia definida por você, é pular etapas. Investir sem planejar antes é como dirigir em uma estrada sem rumo e sem GPS. Afinal, o que é um planejamento financeiro mais seguro de verdade?

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    É claro que investir é algo sedutor. Quem não gosta de imaginar a possibilidade de colocar o dinheiro em algum lugar e ele se multiplicar até ficarmos ricos? Quem nunca sonhou com um prêmio da Mega-Sena ou do Big Brother? Imaginar a possibilidade de ficar milionário rápido é atraente.

    E isso é bom. Porque, de alguma maneira, estimula as pessoas a mergulharem no mercado financeiro. Todavia ninguém te fala que fazer isso sem um plano definido é muito arriscado e pode colocar tudo a perder. 

    Parafraseando Warren Buffett, que é um dos maiores investidores de todos os tempos, ele diz que “os riscos vêm de não saber o que você está fazendo”. E o que te permite dirigir com mais segurança, na estrada certa, com um mapa claro das direções, na velocidade adequada, com estepe correto e, o mais importante, com combustível suficiente é um planejamento financeiro.

    Alcançar o sucesso financeiro é algo muito particular. Cada pessoa tem seu parâmetro e uma ideia do quanto de dinheiro precisa ter para proporcionar a qualidade de vida que deseja. Para uns, o céu é o limite. Querem ficar ricos, ter muito dinheiro, patrimônio. Vão investir, empreender, passar o dia acompanhando mercado financeiro…

    Outros querem ter uma vida tranquila, sem passar apertos financeiros. Querem ter conforto, bom acesso à saúde, lazer. Tem uma carreira que gostam, são reconhecidos em suas áreas e são bem remunerados por isso. Sabem que precisam ter uma vida financeira organizada, que precisam investir também. No entanto, não querem fazer disso a sua vida. E não querem virar especialistas e investidores profissionais.

    Então não existe uma resposta certa e única para definir sucesso financeiro. Mas, independente de onde quer chegar, é importante ter um plano primeiro. 

    Os investimentos são apenas um dos componentes de um planejamento, que engloba todos os aspectos da vida financeira de uma pessoa. Percebemos isso com nossos clientes na consultoria. Eles chegam até a gente muitas vezes porque querem investir e estão meio perdidos com o excesso de informação. E têm dificuldades de filtrar e focar para dar os primeiros passos.

    Não é culpa sua. É muita informação mesmo. E você não precisa entrar nesse ritmo todo se não quiser. Porém para dar esses passos de forma mais tranquila você tem clareza da sua estratégia de forma ampla. E o planejamento financeiro te dá essa visão porque ele considera todos os aspectos da sua vida que estão relacionados com seu dinheiro.

    O que o planejamento financeiro precisa considerar:

    1. Objetivos de vida de curto, médio e longo prazo 

    Definir esses objetivos é muito importante. Porque eles definem onde você quer chegar ao longo do tempo. Não é só o destino final, o objetivo de longuíssimo prazo, como a aposentadoria financeira. 

    São os objetivos mais curtos também. Então é aquela viagem que você quer fazer quando o Coronavírus permitir. A pós-graduação, a festa de casamento, aumentar a família, trocar de carro, comprar a casa própria. Todos esses objetivos precisam de dinheiro e um planejamento adequado.

    E eles podem mudar ao longo do tempo. Não se preocupe. Tem gente que fica paralisado logo desta etapa porque imagina que ao definir os objetivos precisam ser aqueles definidos para sempre. Claro que não. 

    Eles vão mudar. Vão surgir novos, outros vão ser alcançados, outros deixados de lado. Isso é natural. O importante é sempre ajustar seu planejamento com seus objetivos. Por razões óbvias. O plano só serve se for para te ajudar a alcançar seus objetivos.

    Temos um vídeo em que conversamos mais sobre “Autoconhecimento financeiro: a etapa mais difícil do planejamento”.

    2. Gestão financeira e orçamento doméstico e familiar

    A gestão financeira e o orçamento doméstico são nossos indicadores de desempenho no planejamento. São os instrumentos que vão nos sinalizar se estamos seguindo no caminho que escolhemos. Ou se acendeu alguma luz amarela no seu painel que requer sua atenção. 

    Imagina dirigir sem o mostrador de combustível do seu carro. Se não tivesse nenhuma sinalização, você só ia descobrir que a gasolina acabou quando parasse por pane seca.

    Cuidar do dinheiro e dar valor a ele é uma etapa importante que não nos ensinaram na escola. Dinheiro é combustível do nosso carro.

    Você trabalha muito todo dia, se dedica, investe em conhecimento e recebe um dinheiro por isso. Seja salário se você trabalhar para alguém, ou receita se tiver clientes ou pacientes, por exemplo.

    Temos um vídeo que ensinamos a elaborar um orçamento financeiro familiar que pode te ajudar também.

    3. Proteções Financeiras Adequadas

    As proteções financeiras são os itens de segurança do seu carro. Isso inclui o estepe, o extintor de incêndio, um macaco para te ajudar a trocar o pneu, o triângulo, o cinto de segurança. 

    Então o plano de saúde, os seguros de vida, de invalidez, de doenças graves, de cirurgia, o seguro do carro, da casa, eles vão te acompanhar ao longo desse caminho para as emergências mais sérias, que podem te tirar da pista.

    Basicamente você tem proteções de curto prazo, como o plano de saúde, os seguros de afastamento temporário do trabalho, os seguros em casos de cirurgia, do diagnóstico de uma doença grave como um câncer e o próprio seguro de vida. 

    Também tem os seguros para seus bens como o carro e a casa, por exemplo. Esses seguros são complementares à reserva de emergência, que falaremos mais na frente.

    Já as proteções de longo prazo são os seguros de renda e invalidez permanente. Eles são complementares à reserva de aposentadoria financeira que vamos falar mais adiante.

    Nem todas essas proteções financeiras vão fazer sentido no seu planejamento. Elas precisam sempre ser adequadas às suas necessidades. E isso também depende do seu fôlego, da sua estrutura familiar e do seu patrimônio. 

    Alguns riscos têm impactos altos e, mesmo com probabilidade baixa, precisam de atenção. Outros riscos têm impacto baixo e você tem fôlego financeiro para assumi-los. Por isso é preciso calibrar de tempos em tempos esses estepes para estarem prontos para o uso a qualquer momento.

    4. Política de investimentos pessoal

    É aqui que entram os investimentos. Mas não é sair investindo em tudo o que falam por aí. É impossível investir em tudo e não faz nenhum sentido. Eu sei que também falam da importância de diversificar os investimentos. Mas diversificar não é sair investindo em tudo só porque está na moda ou estão falando que vai subir.

    A primeira coisa é entender que o investimento é para dar um up no dinheiro que você produz trabalhando. Ou seja, você não vai colocar um dinheiro em um investimento e ele se multiplica.

    Você trabalha, tem sua carreira, sua profissão. Você faz uma boa gestão do seu dinheiro e, com constância, você define um valor para investir todo mês ao longo da sua vida inteira. Então, na medida em que sua renda aumenta, você aumenta o valor que investe.

    Fazer isso ao longo do tempo, com uma estratégia definida é o que vai fazer seu bolo crescer lá na frente e te permitir alcançar cada objetivo que definiu. O dinheiro é um recurso necessário para viver com qualidade. Não é para ser um problema e mais um fator gerador de estresse na vida.

    Quando você cria uma política de investimentos pessoal significa que você estabelece os critérios, com base no seu perfil, que você vai utilizar para escolher onde vai colocar seu dinheiro e, principalmente, onde você não vai colocar. Porque a premissa básica deve ser investir onde você conhece. 

    E de todos os objetivos de investimento existem dois que são prioritários e quase que obrigatórios em todo planejamento. Primeiro, para o curto prazo, é a formação de uma reserva de emergência. 

    E o segundo, para o longo prazo, é o planejamento para uma aposentadoria financeira. Ou seja, é chegar em um dado momento e poder parar de depender do dinheiro do trabalho para viver porque você já tem um dinheiro investido que te gera uma renda todo mês.

    1. Curto prazo – Reserva de emergência
    2. Longo prazo – Planejamento de aposentadoria

    E é por isso que falamos antes das proteções financeiras. Porque esses investimentos levarão tempo para chegarem ao volume necessário. Então as proteções vão te acompanhar ao longo da vida como um estepe, que precisa estar pronto para entrar em ação sempre que precisar. Imagina estar na estrada e o pneu furar. Você pega o estepe e ele está vazio? Não serve pra nada, certo?

    5. Planejamento Tributário

    Ninguém quer deixar dinheiro na mesa pagando impostos desnecessariamente. E isso é muito comum. O Brasil já tem uma carga tributária elevada. E o imposto de renda faz parte da nossa vida. 

    Só que existem formas legais de melhorar a sua eficiência tributária em função de como você declara seu imposto de renda. De investimentos que você faz que podem reduzir sua base de cálculo do imposto, como o PGBL, dependendo do caso. 

    Você tem profissionais liberais, por exemplo, que em muitos casos seria melhor ter uma pessoa jurídica para receber dos clientes e pacientes, em vez de receber como pessoa física, que a alíquota de imposto é maior. 

    O planejamento financeiro deve considerar seu cenário de vida e traçar uma estratégia para ser mais eficiente no pagamento de impostos.

    6. Planejamento sucessório

    Planejamento sucessório não é exclusividade de pessoas muito ricas. Qualquer pessoa que tenha preocupação com seus filhos e pais, que são seus herdeiros legais, podem planejar essa transição das suas coisas para eles o dia que você não estiver mais aqui.

    Isso evita o caos financeiro que muitas famílias vivem quando perdem alguém. E não tem nada pior do que lidar com a dor da perda de quem a gente ama e ainda precisar organizar a burocracia financeira que bate à porta no instante seguinte.

    Existem diversas formas de planejar a sua sucessão. 

    Desde a contratação de um auxílio funeral, que não deixa sua família na mão de pessoas que aproveitam da dor da perda para tirar mais dinheiro do que o necessário para realizar um enterro e um funeral. Sem contar que isso custa dinheiro.

    Os seguros de vida são um instrumento importante para que sua família tenha dinheiro para a burocracia de transferência dos bens, imóvel e investimentos. Também ajuda a não deixar dívidas para eles arcarem.

    Confira o vídeo sobre como planejar essa sucessão do seu patrimônio.

    Até planejamentos mais elaborados para quem tem muito patrimônio, que envolvem estratégias mais robustas, como a criação de uma holding familiar, por exemplo.

    Conclusão

    Esses são os seis componentes de um planejamento financeiro. Ele não deve ser um bicho de sete cabeças. O grau de complexidade acompanha o volume de dinheiro que você tem. 

    Então quem está começando, tem uma renda menor, um patrimônio menor, por exemplo, o planejamento financeiro é mais simples. Na medida em que seu contexto fica mais robusto e complexo, seu plano deve ser coerente com seu cenário.

    Você pode fazer esse planejamento financeiro sozinho, ou com a orientação de um profissional especialista, de um planejador financeiro que vai te orientar e ajudar a desenhar essa estratégia.

    O mais importante é você perceber que o planejamento é o seu maior conselheiro de vida. Ele vai te ajudar a encontrar os caminhos e fazer as escolhas financeiras com mais consciência.

    Então comece simples, coloque esses pilares no papel que temos certeza que vai te ajudar a identificar os pontos de atenção para alcançar o seu sucesso financeiro, seja ele do tamanho que for.

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